segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Myammar novamente

Prezados irmãos,

Margaretha Adiwardana realiza trabalho de socorro e reconstrução em Myanmar e necessita de médicos para trabalho voluntário por períodos de 2 semanas a cada dois meses, pelos próximos dois anos.

Aqueles que puderem disponibilizar 2 semanas nas férias, favor entrar em contato com a AME - Associação Missão Esperança - através do e-mail: secretaria@ametimor.org.br ou diretamente com Margaretha meiske@terra.com.br

As notícias que Margaretha enviou sobre Myanmar clamam por oração, doação e serviço:

"Há muito grande necessidade de atendimento de saúde em Myanmar, de acordo com as informações dos médicos e enfermeiras brasileiros que a Rede SOS Global enviou. Não tanto por causa do ciclone em si, pois essa fase de socorrer feridos já passou, inclusive sem presença de estrangeiros ajudando devido à proibição do governo por mais de um mês após o ciclone. Mas é porque é quase inexistente mesmo o serviço médico. Somente as pessoas mais ricas conseguem atendimento médico, bem como para a população pobre é impossível obter os medicamentos, embora para o nosso nível remédios lá são bem mais baratos que aqui. O salário normal é algo por volta de US$35 por mês. Imagine, então a situação. No momento, estrangeiros como singaporeanos, malasianos, etc., vem por 3-5 dias para dar atendimento pós-ciclone.

As nossas voluntárias médica e enfermeira que foram lá pensam que uma clínica móvel seria ideal, podendo atender vários locais, diante da grande necessidade. Porém o preço de um carro é proibitivo. Sairia muito mais barato levantar uma clínica. Soube pelo menos de uma clínica destruida pelo ciclone que poderiamos ajudar a reconstruir, e de um terreno que o governo cederia para construir uma clínica (embora dizem que é numa região pantanosa).

Há 19 orfanatos sob direção do pastor local que recebia as nossas equipes que precisam de atendimento de saúde, as crianças em condição precária e subnutridas.

Penso então de continuar a enviar médicos brasileiros periodicamente, verificar a possibilidade de ajudar a reconstruir uma clínica ou construir - talvez mais no estilo de posto de saúde que sairia uns US$10.000 para construção, mobiliar e equipar. Daí ajudaremos a sustentar uma enfermeira, e periodicamente enviaremos médicos/enfermeiras para atender por 2 semanas os casos mais difíceis, treinar/atualizar as enfermeiras locais, dar palestras de cuidados de saúde básicos (que foi muito apreciada o que a nossa equipe ministrou).

A turnê dos jogadores de futebol do Atletas de Cristo que realizaremos em outubro/novembro é para levantar fundos para reconstruir escolas, orfanatos e uma clínica. Gostaría de poder enviar junto um médico com o grupo que poderia cuidar do grupo e também aproveitar para verificar a viabilidade, se possível. Tenho aquele fisioterapeuta que fez todos os treinamentos da rede SOS Global e foi para o enchente nordestino em Piauí e Fortaleza que estou pensando em enviar junto com o time de futebol.
Eu mesma estarei enviando a equipe médica dos nossos campos no período de 9-16 de novembro para dar atendimento de saúde e para estudar essa possibilidade. Desejo podermos colocar por médio prazo um pessoal de saúde nosso por lá.

Resumindo, as necessidades para o plano de clínica seriam:
- ajudar a poder obter as passagens para os jogadores de futebol financeiramente,
- enviar um médico e/ou fisioterapeuta junto com os jogadores,
- o $ arrecadado da turnê será usado para levantar uma clínica e equipar,
- envio periódico (digamos 2 semanas a cada 2 meses) de pelo menos um médico e uma enfermeira cada vez durante 2 anos.

Abraços,

Margaretha"

Que o Espírito Santo levante aqueles que Ele tem preparado para essa tão necessária tarefa de socorrer e ajudar na reconstrução dessa comunidade totalmente destruída.

Fraternalmente,

Soraya Dias
Médicos de Cristo
RENAS

quinta-feira, 24 de julho de 2008

De: "ACUPS" acups@chasque.net

Dear Prayer Partner,It is with great joy that we announce to you the XIV ICMDA World Congress (International Christian Medical and Dental Association) in Punta del Este,Uruguay, South America on July 4 - 11, 2010.

The theme will be "Priorities in Professional Practice: Who are you working for ?This event is organized by ACUPS (The Christian Association of Uruguayan Health Professionals) together with ICMDA. We invite you to visit the Congress' web page at www.icmda2010.org .Through this letter, we are inviting you to actively participate in the organization of the Congress through your prayers for the different needs which are arising and will arise during these next 2 years.

If you accept this challenge to participate in the wall of prayer which the Congress is establishing, we will be sending you periodical updates informing you about the advances in the organization accompanied by our prayer needs.On July 25, 2008 in Montevideo, Uruguay, the coordinators of the Congress will be meeting to address the different needs.

We would appreciate yourinterceding before our Lord and God for the following themes:+ Pray for the consolidation of the team and the coordinators in each area, as well as, the beginning of the work with each responsible person. Nehemiahsaid, "The work is much...".

So, pray that each person is clear in all that he/she does.
+ Pray that the Lord will direct the distribution of the preliminary brochures with information of the Congress in all the world, so that it will arrive in the hands of each Christian professional on time and be motivated to participate.
+ Pray for the Congress Final Brochure that will include the inscription process. Pray that the brochure will challenge the hearts of those who will attend with an expectation of what God can do through a united people of all languages and nations.
+ Pray for the administrative tasks. There is paperwork which must be completed with the credit card VISA and the travel agencies ahead of time.Pray that all paperwork will be handled by the Lord in order that none of it will be impided by an external or a bureaucratic problem, so that all willbe finished on time and done properly. Pray especially for the coordinators handling this process.

Awaiting your answer to our need to raise up the wall of prayer around the XIV Congress of 2010, we say "good-bye" in the name that is over allnames---Jesus Christ.

The Prayer TeamDr. Magdalena Hermida icmda10@chasque.net

quarta-feira, 23 de julho de 2008

a luta contra o Infanticidio

Queridos Amigos e irmãos,

Na última semana Margaret participou como preletora do Encontro Nacional de Adolescentes - King´s Kids Brasil e do manifesto popular a favor da vida em Recife, tendo a oportunidade de ser recebida (juntamente com outros representantes de JOCUM e King´s Kids Brasil) pelo assessor especial do Governador de Pernambuco, Sr. Walter Brito. Na ocasião Margaret pôde falar com as autoridades presentes sobre essa sombria realidade do infanticídio e também de trazer o assunto ao conhecimento da população de Recife através de pelo menos quatro jornais periódicos da cidade. Segue link da reportagem veiculada em um deles:

http://www.folhape.com.br/folhape/materia.asp?data_edicao=18/07/2008&mat=103114

Toda essa mobilização dos amigos, irmãos, jocumeiros e outros segmentos de nossa sociedade na semana passada a favor da Lei Muwaji, rendeu efeitos. A Deputada Janete Pietá, relatora do projeto, foi pressionada a apresentar seu parecer, o que ocorreu na data limite antes do recesso da Câmara.

Algumas informações sobre esse processo seguem abaixo em palavras da Márcia Suzuki:

"Com a pressão nacional e internacional, ela foi forçada a admitir que o problema existe e que deve ser discutido pelo Congresso Nacional. O que era antes um "não-problema" passa a ser uma questão de fato, dentro do Congresso Nacional. Com o relatório favorável, o projeto de lei terá que ser discutido e votado na Comissão de Direitos Humanos e Minorias. Isso significa que o assunto não pode mais ser ignorado, escondido numa gaveta e fadado ao esquecimento. Além disso, a Comissão aprovou por unanimidade uma audiência pública com a exibição do filme Hakani, seguido de um debate sobre o tema. Os deputados estão sensibilizados e o caminho está aberto. A outra parte da história é a seguinte. A Deputada Janete aprovou o projeto de lei, mas não na forma que o Deputado Henrique Afonso propôs. Ela escreveu uma proposta substitutiva. Nessa proposta, ela tirou toda a força do projeto. No PL original, o Estado teria que deixar de ser omisso e oferecer socorro às crianças em situação de risco, bem como providenciar abrigos para as famílias que querem sair das aldeias para salvar seus bebês. Os casos de crianças em situação de risco teriam que ser notificados e a omissão seria tratada como omissão mesmo - como crime. No sustitutivo da Janete, o Estado se exime de toda a responsabilidade sobre a morte das crianças indígenas.O texto da lei apenas diz que os órgãos competentes deverão promover campanhas pedagógicas nas aldeias. Só isso. Mesmo assim, a Comissão de Direitos Humanos está se mobilizando e alguns deputados vão entrar com voto em separado. Isso significa que eles não irão votar no substitutivo da Janete, mas farão seu próprio voto. São deputados que estão a favor da causa e entenderam a jogada da Janete para enfraquecer a Lei Muwaji. Temos agora duas frentes de ação

Enviar mensagens e outras formas de conscientização dos deputados da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, explicando que o substitutivo da Janete não resolve.

Pressionar a Janete para que ela mude seu voto. Ela pode fazer isso. Ela é muito sensível à pressão em Guarulhos - o marido dela é candidato à reeleição lá."

Continuamos contando com suas preciosas orações.

Na luta a favor da vida,

Família Muniz

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Direitos indígenas

Entendemos que a saúde é um bem precioso e se encontra dentre os direitos humanos mais básicos defendidos na nossa carta magna.
Art. 6o São direitos sociais a educação,A SAÚDE , o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
A questão do infanticídio no Brasil representa um agravo aviltante a saúde indígena, além de representar um atentado a dignidade a vida humana conforme se encontra descrita na constituição brasileira. O decreto presidencial que regulamenta a saúde indígena reza:
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , no uso das atribuições que lhe confere o art.84, incisos IV e VI, da Constituição, e tendo em vista nos arts. 14,inciso XVII, alinea " c ", 18, inciso X e 28-b da Lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998, DECRETA: “Art 1º A atenção à SAÚDE INDÍGENA É DEVER da UNIÃO e será prestada de acordo com a Constituição e com a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, objetivando a universidade, a integralidade e a equanimidade dos serviços de saúde.”

Trabalhamos há vários anos em vários projetos de saúde na Amazônia, e verificamos in loci que os povos ribeirinhos e nações indígenas não tem tido os seus direitos assegurados à saúde conforme configurado na lei. Com certeza que a violência e o infanticídio indígena, se configura um agravo a saúde do indígena dentre outras considerações.

O estatuto do indígena reza “Art.1ºParágrafo único . AOS ÍNDIOS e às comunidades indígenas se estende a PROTEÇÃO DAS LEIS DO PAÍS , nos MESMOS TERMOS em que se aplicam os DEMAIS BRASILEIROS, resguardados os usos, costumes e tradições indígenas, bem como as condições peculiares reconhecidas nesta Lei.”

“Art.2º I – ESTENDER aos ÍNDIOS os BENEFÍCIOS da legislação comum, sempre que possível a sua aplicação;VIII - utilizar a COOPERAÇÃO de iniciativa e as QUALIDADES PESSOAIS do índio, tendo em vista a melhoria de suas condições de vida e a sua INTEGRAÇÃO no processo de desenvolvimento; ““X - garantir aos índios o PLENO exercício dos DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS que em fase da legislação lhes couberem.” “Art.6º Serão RESPEITADOS os usos, TRADIÇÕES costumes das comunidades indígenas e seus efeitos, nas relações de família, na ordem de sucessão, no regime de propriedade nos atos ou negócios realizados entre índios, SALVO SE OPTAREM PELA APLICAÇÃO DO DIREITO COMUM.” “Art.5º Aplicam-se aos índios ou silvícolas as normas dos artigos 145 e 146, da Constituição Federal, relativas à NACIONALIDADE E À CIDADANIA. “

“Parágrafo único. O exercício dos direitos civis e políticos pelo índio depende da verificação das condições especiais estabelecidas nesta Lei e na legislação pertinente. “

Se os índios têm amparo da constituição que diz

“Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:”
“IV - promover o bem de TODOS, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e QUAISQUER OUTRAS FORMAS DE DISCRIMINAÇÃO.”

E ainda

“Art. 5º Todos são IGUAIS PERANTE A LEI, SEM DISTINÇÃO de qualquer natureza, GARANTINDO-SE aos brasileiros e aos ESTRANGEIROS RESIDENTES no País a INVIOLABILIDADE DO DIREITO À VIDA, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
II – NINGUÉM SERÁ OBRIGADO A FAZER OU DEIXAR DE fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
III - ninguém SERÁ SUBMETIDO A TORTURA nem a tratamento DESUMANO ou DEGRADANTE;
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;”


E AINDA
“Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:” (…)
“V – DEFENDER judicialmente os DIREITOS e interesses das populações indígenas;”

Requisitamos que seja cumprida a lei magna da constituição em nosso país e seja estabelecido plenamente o sistema único de saúde para os índios e que seja apreciada e votada a LEI MUWAJI em regime de urgência.

Atenciosamente Dr Wilson Bonfim Secretario Executivo Nacional de Médicos de Cristo
www.medicosdecristo.org

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm http://www.funai.gov.br/quem/legislacao/estatuto_indio.html http://www.funai.gov.br/quem/legislacao/prestacao_assistencia.htm

terça-feira, 17 de junho de 2008

Carta aberta do movimento contra o infanticídio indígena

Ao Excelentíssimo Senhor Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, à Primeira Dama D. Marisa e à Nação Brasileira.


Nós, indígenas do Mato Grosso e do Brasil, pedimos a sua atenção para os casos de infanticídio, que ocorrem impunemente nas aldeias indígenas do Brasil.
O infanticídio, não é um fato novo, infelizmente sempre esteve presente na história das culturas indígenas. Entretanto, tem ganhado a visibilidade na mídia com a divulgação da história da menina Hakani, da etnia Suruwahá, a qual sobreviveu ao infanticídio após o suicídio de seus pais e irmãos. Estamos vivendo um momento de profunda mudança em nossa cultura e estilo de viver, por que vivemos hoje um novo tempo. A realidade dentro das comunidades indígenas é outra. Já não vivemos confinados em nossas aldeias, condenados ao esquecimento e à ignorância. O mundo está dentro das aldeias, através dos meios de comunicação, internet e da escola, o acesso à informação têm colocado o indígena em sintonia com os acontecimentos globais.
Tudo isso tem alterado nossa visão de mundo. Hoje já não somos meros objetos de estudos, mas sujeitos, protagonistas de nossa própria história, adquirindo novos saberes e conhecimentos que valorizam a vida e a nossa cultura.
Somos índios, somos cidadãos brasileiros! Vivendo na cidade ou na aldeia, não abandonamos as riquezas de nossas culturas, mas julgamos que somos plenamente capazes de distinguir entre o que é bom e o que é danoso à vida e a cultura indígena. Desde já, assumimos as responsabilidades de nosso destino e de fazer escolhas que contribuam para o nosso crescimento. Nos recusamos ativamente a ser meros fantoches nas mãos de organizações científicas e de estudos. Chega de sermos manipulados pelas Organizações Governamentais e não-Governamentais!
Portanto manifestamos nosso repúdio à prática do infanticídio e a maneira irresponsável e desumana com que essa questão vem sendo tratada pelos Órgãos Governamentais. Não aceitamos os argumentos antropológicos baseados no relativismo cultural. De acordo com a nossa própria Constituição Brasileira de 1988, que em seu artigo 227, determina:
"É dever da família, da sociedade e do Estado, assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão."
É em nome deste preceito constitucional que nos dirigimos suplicando à nação brasileira, em especial ao Excelentíssimo Senhor Presidente da República Luis Inácio Lula da Silva e à Primeira Dama D. Marisa assim como aos Congressistas e Governantes Estaduais e Municipais manifestando a nossa indignação com a falta de respeito à vida, em especial as vidas das crianças vítimas do infanticídio.
O recente caso da menina Isabela alcançou tal repercussão na mídia, que de imediato nós vivenciamos a dor e a angústia de sua família: parecia que Isabela era alguém da nossa própria família. Toda a nação brasileira se comoveu e se encheu de indignação com tamanha violência, acompanhando e exigindo justiça a partir de então. Quanto à punição dos suspeitos, a Justiça tem feito seu papel, e a sociedade está em alerta contra a violência infantil.
Mas nós perguntamos será que a vida da Isabela tem mais valor do que aquelas crianças indígenas que são cruelmente enterradas vivas, abandonadas na mata, enforcadas por causa de falsos temores e falta de informações dos pais e da comunidade? NÃO!
Não aceitamos o infanticídio como prática cultural justificável, não concordamos com a opinião equivocada de antropólogos que têm a pretensão de justificar estes atos e assim decidir pelos povos indígenas colocando em risco o futuro de etnias inteiras.
O direito a vida é um direito fundamental de qualquer ser humano na face da terra, independentemente de sua etnia ou cultura.
Ao Excelentíssimo Senhor Presidente, a Primeira Dama D. Marisa, Senhores Congressistas, Governantes Estaduais e Municipais e a cada cidadão brasileiro: os direitos humanos estão sendo violados no Brasil!! Milhares de crianças já foram enterradas, enforcadas ou afogadas e quantas mais deixaremos passar por tal crueldade?
Nosso movimento espera que a Lei Maior de nosso país seja respeitada, isto é, independentemente de etnia, cor, cultura e raça, todas as crianças gozem do direito à vida.
Nesse sentido:
- Pedimos que a Lei Muwaji seja aprovada e regulamentada;
- Pedimos ao Excelentíssimo Senhor Presidente Luís Inácio Lula da Silva e a sua esposa que pessoalmente interfiram nesse processo;
- Pedimos que os Órgãos competentes não mais se omitam em prestar socorro às mães e as crianças em risco de sofrer infanticídio.
Nós, abaixo assinados, concordamos com os termos da carta aberta e juntos com os seus autores, pedimos aos governantes do País em todas as instâncias, providências ao combate e a erradicação do infanticídio, para que assim o sangue inocente não seja mais derramado em solo indígena, em solo brasileiro.
Mato Grosso, Junho de 2008
Movimento contra o infanticídio indígena.
Contato: edsonbakairi@hotmail.com.

Edson Bakairi é líder indígena em Mato grosso, professor licenciado em História com especialização em Antropologia pela UNEMAT, presidente da OPRIMT (Organização dos professores Indígenas de MT) por 3 anos e é sobrevivente de tentativa de infanticídio - abandonado para morrer na mata, foi resgatado e preservado com vida por suas irmãs.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Atendimento médico a vítimas do ciclone

Segunda-feira, 16 de Junho de 2008 16:51
Para:
"Meiske"

Faz cinco dias que a equipe médica enviada da Brasil está dando atendimento às vítimas de ciclone.

Por dia atendem cerca de 150 pacientes, dos mais pobres e dos mais doentes.

Eles tem conseguido colocar no hospital alguns dos pacientes que mais necessitam, o que é difícil pois só alguém local pode encaminhar.

Hoje parte da equipe foi atender na região de LaButta, que é uma das regiões mais devastadas.

Estão trabalhando bem dentro da equipe internacional. O nosso médico é o único médico da equipe, trabalhando com 4 enfermeiras e um especialista em socorro emergencial.

Ao todo a equipe trouxe 800 kilos de ajuda. A equipe internacional trouxe medicamentos suficientes para atendimento de 6 dias, alimentos reforçados, roupa infantil, filtros de água de cerâmica para distribuir nas comunidades onde dão atendimento, e sementes para reiniciar a plantação. A terra foi coberta por água salina que estraga a qualidade para poder replantar. Ajudaram a adquirir quase 2 hectares de terra para replantar e criação de cabra.

O calor está intenso.

Não se consegue ligação por telefone e o acesso a email é muito limitado.

A equipe está realizando um grande trabalho.

Agradecemos as suas orações contínuas por eles e o apoio que possibilita o envio.

REDE SOS GLOBAL


quarta-feira, 11 de junho de 2008

Autoridade da OMS confessa: Não há nenhuma epidemia generalizada de AIDS entre os heterossexuais

"Transmissão do HIV entre homens que têm sexo com homens não está diminuindo e em alguns lugares está aumentando"

Peter J. Smith

LONDRES, Inglaterra, 10 de junho de 2008 (LifeSiteNews.com) — Uma autoridade da Organização Mundial da Saúde (OMS) está finalmente confessando o que muitos especialistas da AIDS vêm dizendo há anos: não existe nenhuma ameaça de uma epidemia generalizada de AIDS entre heterossexuais no mundo inteiro.

De acordo com um relatório do jornal britânico The Independent, o epidemiologista Kevin de Cock, diretor do departamento de HIV/AIDS da OMS, confessou ao The Independent que a AIDS não mais é vista como risco à população heterossexual fora da África subsaariana, mas em vez disso está restrita aos grupos de elevado risco, tais como homens homossexuais, usuários de drogas injetáveis, prostitutas e seus clientes.

"É muito improvável que haverá uma epidemia heterossexual em outros países", disse Cock. "Dez anos atrás muitas pessoas diziam que haveria uma epidemia generalizada na Ásia, e a China era a grande preocupação com sua população imensa. Isso não parece provável. Mas precisamos ser cuidadosos. Como epidemiologista, é melhor descrever o que podemos medir. Poderia haver pequenas erupções em algumas regiões".

O diretor do departamento de HIV/AIDS confirmou que homens homossexuais estão em risco máximo de pegar AIDS, e que em muitos lugares os índices de infecção entre homens homossexuais estão aumentando, não diminuindo.

"Enfrentamos um pouco de crise [nessa área]. No mundo industrializado a transmissão de HIV entre homens que têm sexo com homens não está diminuindo e em alguns lugares está aumentando", declarou Cock.

"No mundo em desenvolvimento, esse fato tem sido negligenciado. Só recentemente começamos a examinar essa questão e fizemos descobertas. Quando examinamos os índices de HIV, vemos que são elevados.

"É chocante o estado deplorável em que estão os homens que têm sexo com homens. É algo que vai precisar ser debatido com muito mais rigor".

The Independent descreveu as declarações de Cock como "a primeira confissão oficial de que a estratégia de que todas as pessoas devem se prevenir, promovida pelas grandes organizações de AIDS, pode estar sendo mal dirigida".

Contudo, a promoção da estratégia de que todos devem se prevenir é também reconhecida como tendo sido uma das vias mais bem-sucedidas que os ativistas homossexuais usaram para tirar proveito com a iminente epidemia generalizada de AIDS. O que eles queriam era levar o público geral a simpatizar com a causa gay e lançá-los do anonimato político para sua atual condição elevada. Embora a "epidemia generalizada" de AIDS entre os heterossexuais tenha agora desaparecido, sua utilidade política também desapareceu, pois hoje os ativistas homossexuais estão agressivamente mudando as leis de casamento no mundo inteiro.

A confissão da OMS ocorreu depois que a própria ONU confessou em novembro de 2007 que suas estatísticas para calcular a extensão mundial da "epidemia generalizada" de AIDS foram também exageradas. A mudança foi motivada em grande parte devido à evidência levada a público pelo Dr. James Chin, ex-diretor de uma unidade do Programa Global de AIDS da OMS de 1987-1992. Essa evidência indicou que estrategistas políticos estavam inflando os números da AIDS para perpetuar o mito de uma iminente epidemia generalizada na população geral.

Traduzido e adaptado por Julio Severo: www.juliosevero.com

Fonte:

http://www.independent.co.uk/life-style/health-and-wellbeing/health-news/threat-of-world-aids-pandemic-among-heterosexuals-is-over-report-admits-842478.html?reddit

http://video.google.com/videoplay?docid=6078643566340680230

http://www.who.int/hiv/mediacentre/news59/en/

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Miamar

De:

Louvado seja Deus, que abriu as portas para o envio da equipe médica ontem para Myanmar.

A todos que enviaram doações de medicamentos, o nosso Muito obrigado, que Deus retribua multiplicadamente. Dr. AA e a enfermeira LA levaram 200 kilos de medicamentos e kits infantis contendo roupa de baixo, leite em pó e biscoitos reforçados. OREM por eles, por proteção, saúde, direção, portas especiais para servir, e que sejam instrumentos de bênção grandemente a quem mais necessita.


A coalizão de socorro às vítimas do ciclone traçou um plano de socorro imediato de saúde e alimentar seguido por ajuda para reconstrução e reabilitação para sustento próprio por dois anos, capacitando a igreja local para isso.

Notícias atuais da Coordenadoria da Coalizão: O Programa de Alimentação Mundial da ONU há 72 horas atrás foi finalmente autorizado para voar com os seus helicópteros para as regiões da Delta Irawaddy com alimentos e outros suprimentos de ajuda. Seis helicópteros estão agora trabalhando o dia inteiro, e amanhã mais 4 helicópteros de Bangkok vão se juntar ao esforço. É notícia muito boa, porém ainda longe de preencher todas as operacões necessárias para alcançar os centenas de milhares de vítimas. Além disso, os helicópteros basicamente somente podem voar a 3 cidades principais, e de lá terá que ser por estrada e pequenos barcos. Centenas de vilarejos não poderão ter acesso à ajuda. Então, por favor continuem a orar.

OREM pela Coalizão MCCCR. A rede de igrejas locais de fato possui meios eficazes e naturais para fazer chegar a ajuda, porém necessita de recurso financeiro. Temos acesso a alimentos dos doadores internacionais e o Programa de Alimentação Mundial concordaria em transportar de Tailândia para Myanmar... somente se o governo de Myanmar nos autorizasse a receber a ajuda através da alfândega em Yangon. Temos permissão para distribuir alimentos, porém até o momento não se permite trazer do exterior. OREM por isso.

Nota da Rede SOS Global e da AME:

A parte mais difícil que é visto para entrar e ajudar, que só Deus pode conseguir, já conseguimos. Parceiras de vários países e locais excepcionalmente dão a confiança total ao nosso pessoal brasileiro.

Porém agora depende da nossa parte: é ruim ficar pedindo $ o tempo inteiro, mas milhões de pessoas em vários países estão sofrendo grandemente e sob risco de vida, enquanto o Brasil está na contramão da tendência mundial - economia estável, moeda forte internacionalmente, jazidas de petróleo recém-descobertas no meio de crise aguda mundial de combustível, biocombustível quase total e o plantio ocupando somente 1% da terra brasileira, agricultura para exportação ocupando somente 35% da terra produtiva total quando os países do 1o. Mundo carecem de terra para agricultura e biocombustível, e não por último, igrejas que continuam a crescer décadas. Deus nos deu essa oportunidade para sermos usados para abençoar os povos que sofrem, assim muitos serão salvos e o Nome dEle glorificado em todas as nações.

Que não cansemos de fazer o bem, o que Deus requer de nós é a oferta sacrificial como a oferta da viúva, pois representa o nosso amor a Ele.

"A religião verdadeira e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo."

terça-feira, 3 de junho de 2008

Supremo Tribunal Federal irá considerar a constitucionalidade do aborto

Ministro pró-aborto diz que com decisão acerca das células-tronco embrionárias o tempo está maduro para o aborto

Matthew Cullinan Hoffman

BRASÍLIA, 3 de junho de 2008 (LifeSiteNews.com) — Com a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovando uma lei que autoriza pesquisas com células-tronco que matam embriões, o Ministro pró-aborto Marco Aurélio diz que o STF em seguida procederá para decidir acerca do aborto para bebês anencefálicos.

De acordo com o colunista Josias de Souza do jornal Folha de S. Paulo, Aurélio diz que agora é a "hora de julgar" o caso, que foi originalmente submetido ao STF quatro anos atrás pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS).

Pelo que foi noticiado, Aurélio disse para Souza: "Agora, creio que o tribunal está maduro para julgar a causa. O julgamento do processo das células-tronco embrionárias aplainou o terreno".

"Já temos clima para julgar e, creio, autorizar a interrupção da gravidez de [bebês] anencefálicos", acrescentou ele.

Os comentários de Aurélio se referem à recente decisão do STF de aprovar as pesquisas com células-tronco embrionárias, as quais destroem a vida em sua fase bem inicial. Ele foi um dos ministros que votou a favor das pesquisas que matam, numa decisão apertada de 6 a 5, e ele já declarou seu apoio ao aborto também. Aurélio é o relator do caso, isto é, o ministro encarregado de dar supervisão ao caso no STF.

Os ativistas pró-vida do Brasil há muito prediziam que uma decisão em favor das pesquisas com células-tronco criaria um precedente para declarar o aborto "constitucional", apesar de que a Constituição brasileira reconhece explicitamente a "inviolabilidade do direito à vida".

Veja a cobertura anterior de LifeSiteNews.com:

Supremo Tribunal Federal sustenta, em votação apertada, pesquisas com células-tronco que matam embriões

Traduzido e adaptado por Julio Severo: www.juliosevero.com

Fonte: LifeSiteNews

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Homofobia e Religiosofobia

Homofobia e Religiosofobia

A origem da expressão "opinião pública" está envolta em mistério. Na literatura da Grécia e Roma antigas, bem como ao longo da Idade Média, os filósofos tinham inteira consciência da importância da opinião das massas. A frase "voz populi, vox Dei" data da última parte da Idade Média. Foi só no século XVIII, entretanto, que se submeteu a expressão opinião pública a uma análise e tratamento sistemáticos. Durante os séculos XVII e XVIII escritores como Voltaire, Hobbes, Locke e Hume pagaram o seu tributo à força da opinião pública. 1 CHILDS, Harwood L. Que é opinião pública.

Existe hoje uma grande preocupação na opinião pública e na mídia sobre a questão da homofobia dentre outras preocupações bioéticas e sei que com Igreja estamos muito despreparados para a discussão mais plena destes assuntos no meio evangélico e fora dele.

Os cristãos Brasileiros não tem tido articulação suficiente ( pelo menos em algumas agendas) para discutir com sobriedade tanto as questões morais quanto as questões bioéticas da realidade contemporânea. Em contraponto existem agendas em relação a todos estes assuntos fora do ambiente da Igreja. Estas agendas são muita vezes defendidas por diversos movimentos pós-modernos bem articulados que propõem o relativismo completo e atacam todo e qualquer movimento que os desafie intelectualmente na mídia. As reações dos teólogos e crentes denominados de “fundamentalistas”, em geral pouco profícuas, a estas situações, apenas demonstram que existe uma necessidade de se formular respostas a estes desafios.O problema que talvez algumas pessoas não estejam se apercebendo é que a questão Lobista em relação à homofobia deve ser lida dentro do contexto político institucional e também espiritual. Qual a forma justa e ideal de discutir estes assuntos sem correr o risco de ser preso, ou mesmo de ser rotulado de homofóbico? Infelizmente não existe uma fórmula.

Declara-se na mídia (a grande criadora de mitos) como se a Homofobia fosse “doença diagnosticável”, descrita cientificamente e aceita de forma homogênea em todos os círculos científicos antes de haver quaisquer endosso de pesquisas realmente científicas a cerca de tal doença. A argumentação utilizada na discussão defesa da chamada lei da homofobia precisa ser a mesma justificativa utilizada pela questão racial, tomando como exemplo a questão das cotas nas Universidades. Da mesma forma que o fato de algumas pessoas discordarem da proposta de lei que advoga as cotas para negros(as) nas universidades ou mesmo em empregos não os torna imediatamente “racistas”, assim as pessoas que discordam da lei da homofobia não os torna homofóbicos. Nem sempre tudo é motivado por ódio reprimido, mas na maioria das vezes motivados as discussões são provocadas pela diversidade de opiniões, porque se assim o fosse deveríamos mandar prender todos os membros do congresso nacional.

Segundo a wikepedia ( único lugar com descrição mais “científica” que encontrei desta referida doença na internet ) (...) “O insulto homofóbico pode ir da difamação, injúrias verbais ou gestos e mímicas obscenos mais óbvios até formas mais sutis e disfarçadas, como a falta de cordialidade e a antipatia no convívio social, a insinuação, a ironia ou o sarcasmo, casos em que a vítima tem dificuldade em provar objetivamente que a sua honra foi violentada.”(...) 2.

Este não me parece ser o tipo de atitudes generalizadas adotadas pelos cristãos ou pelas igrejas em relação aos homossexuais, esta atitude antes mais me parece a descrição de um programa televisivo de humor que debocha abertamente dos gays com os caricatos estereótipos dos homossexuais ( que não provoca nenhum tipo de reação aberta dos movimentos GLS na mídia.)

Por este motivo não creio ser possível admitir que pessoas sejam chamados(as) de homofóbicos(as) apenas por discordarem da chamada "lei da homofobia", em especial como está redigida nesta letra, uma vez que esta doença ali descrito é uma “doença” que afeta uma minoria da sociedade em um país que advoga a liberdade de expressão pelo Estado de direito.

É fato concreto também afirmar-se que os homossexuais representam uma minoria da sociedade. Pode a minoria regulamentar pela maioria? Teria a minoria direito de silenciar a maioria cristã ou secular deste país sob qualquer alegação ou pretexto inconstitucional? Acredito que oferecer direitos especiais a um grupo de pessoas que adotam uma postura sexual específica, vai gerar um fato “discriminatório” em relação às outras pessoas da sociedade ( Maioria). Em um futuro qualquer grupo poderá pedir “direitos especiais”. Por algumas pessoas terão direito de estabilidade de emprego maior? Porque poderão demonstrar sua expressar e manifestar seu afeto em locais públicos quando existe na lei a questão da moralidade? Se eu for impedido de beijar minha esposa em local público ( como já aconteceu em um Shopping) poderei processar também o shopping? Estou incluído nesta proteção? E se eu for perseguido por patrão gay? Se ele(a) me demitir por eu não ser homossexual ou não concordar por motivos religiosos com a homossexualidade? Pode ele me demitir? A lei vai valer para os dois lados?

Acredito que a proteção desta comunidade de pares cuja dignidade não deve ser ferida, não pode ser feito a revelia, utilizando-se de ataques a outras comunidades e grupos ferindo também as suas dignidades próprias sejam estas comunidades religiosas ou seculares. Todos os grupos necessitam respeitarem-se uns aos outros.

Esta chamada lei da homofobia poderá duas vertentes resultantes sociais, caso aprovada. Da mesma forma que abre um precedente para a "perseguição" no melhor sentido da Santa Inquisição àquelas pessoas que discordam da lei da homofobia, também em breve fornecerá instrumentos para os perseguidos (maioria da população) processarem a todo e qualquer cidadão e ou cidadã que os chame de forma pejorativa de "homofóbicos", uma infame doença crônica que ameaça até mesmo a integridade física ou moral de outras pessoas inocentes. Mesmo que tal doença venha a existir dentro do CID e ainda que diagnosticada através de perícia de profissional de saúde devidamente habilitado, restará uma pergunta; não teriam os portadores deste grave distúrbio de serem protegidos pelo sigilo profissional pelo motivo da honra e integridade nos mesmos moldes dos direitos humanos que os soropositivos têm, e outros portadores de distúrbios mentais ou quaisquer moléstias e pelo código de deontologia médica pelo sigilo profissional ? Não teriam também eles direito ao diagnóstico e tratamento digno e suporte psicológico como qualquer doente, ou devem ser rotulados e monstros e condenados as masmorras?

O fato de ser religioso e não praticar a homossexualidade não me torna homofóbico. Em breve não ser homossexual corre o risco de se tornar um "pecado social". Existe uma necessidade premente neste tempo que a mídia evangélica, invocando sua liberdade de expressão da mesma forma que a mídia secular, continue nessa intermediação com os demais colegas e outros debatedores do assunto a buscarmos, quem sabe, uma melhor abordagem da questão que ainda está longe de ser respondida. As ciências naturais e sociais mudam a cada dia e suas proposições não podem mais ser consideradas com a única e melhor forma de se conhecer o mundo e a realidade. A mesma ciência biomédica que já afirmou absurdamente que homossexualidade era “aberração” agora nos afirma que é gênero.

O mesmo cidadão norte americano que introduziu nos Estados Unidos o conceito de irreversibilidade da homossexualidade em 1974 na Associação de psiquiatria Norte Americana, Dr. Robert Spitzer, liberou há alguns anos atrás um polêmico estudo sobre a possibilidade de reversão. Como confiar na agenda de um cientificismo tão inconstante? A terra já foi redonda, quadrada, oval , fechada aberta com as mais diferentes explicações científicas sobre o mundo em que vivemos. A epistemologias e antropologias não sabem aonde ancorar o conceito de saber e pesquisa, e dentro das propostas da ciência contemporânea (...) Somos induzidos a crer, e a não colocar em dúvida nossa crença, que os constructos científicos são retratos de uma realidade existente per se, e que refletem totalidades(...)."3

As ciências na forma que existem hoje de certa maneira formataram e influenciam a nossa forma de ver o mundo, antes observado por lentes e perspectivas religiosas foram transformadas por processos de secularização. No passado as orientações religiosas suplantavam as explicações naturais ou científicas porque havia falta de explicações razoáveis em relação ao que se considerava realidade. Hoje vivemos no famoso e admirável mundo novo previsto por Max Weber do “desencantamento” e explicado somente pelas ciências.

Entretanto por causa de diversas agendas ocultas dentro das “ciências” sem dúvida alguma acontecem reações exacerbadas por parte da ala cristã fundamentalista que acaba por tratar todos os homossexuais e ativistas gays como "farinha de um mesmo saco", talvez como uma reação de mesma monta e intensidade em relação às acusações de que os líderes religiosos sejam ignorantes fanáticos pelos movimentos sociologicos/antropologicos descontrutivistas pós-modernas.

A “Santa Inquisição” e seu meio irmão “Desencantamento Iluminista” têm conseqüências práticas na vida global através de nossa herança dialética greco-romana através do dualismo, da dúvida metódica , do ceticismo relativista e da característica de observar o mundo através de modelos arquetípicos *( Tarnas) acabaram por resultar em reações fundamentalistas facilmente observados hoje em dia nos jornais .O filosofo do século XX já falecido Ernest Gelner comentou com lucidez diversos assuntos da pós modernidade em especial o ressurgimento do fundamentalismo afirmando que (...)"Os relativistas tendem, de fato, a se apresentar completos, com auréola e tudo mais, e a expor seu ponto de vista não apenas como solução de um problema, mas como símbolo de excelência moral. (...)"

Em relação a religião (...) O slogan invocado, então, passa a ser "Na casa de meu Pai há muitas moradas". A insistência em um monopólio da verdade era um erro estranho à fé e nela não tinha lugar, como me explicou um desses ilustres relativistas absolutistas.(...) a reivindicação do caráter único ela verdade é um erro de um observa­dor externo,(...). Essa obrigação de propagar o evangelho parece ter sido parte integral do próprio evangelho. Se isso é um erro, então os missionários estão, todos eles, profundamente errados a respeito de sua própria fé. O que acontece as fés religiosas que incluem o proselitismo como obrigação? Estarão isentas da nova tolerância relativista? (...) 4-Gelner

Homossexualidade e pecado.

Na sociedade civil não existe pecado. Pecado é uma condição religiosa. Alguns grupos religiosos não adotam a transfusão de sangue, doação de órgãos, dentre outras coisas. Na sociedade existem crimes, direitos e deveres. Atualmente a sociedade clama ser laica, aliás, este é o brado dado no congresso e no tribunal superior. Entretanto em uma sociedade pluralista laica deve haver liberdade e democracia. Nossa constituição reza que somos livres para escolher nossa fé.

Entretanto existe uma agenda disposta a acabar com todos os valores que forma estabelecidos antes dela. Será que este movimento será capaz de acabar com toda a formação da cosmovisão do mundo cristão,ocidental? Vejamos um profeta do pós modernismo a falar Raul Seixas: “O Novo Aeon é um desses momentos em que a natureza e a ordem dos tempos determinam uma nova e fantástica mutação dos valores antigos. Fim da política careta. Cada qual é seu próprio dono e juiz, livre pra fazer e dizer o que nasceu pra ser. É o NOVO. 
Um ponto de vista que destrói todos os conceitos e valores mantidos até hoje sem nenhum sucesso visível. Outra concepção de viver, da arte, da ética, religião, política inexistente, deus, amor. Baú do Raul” 

A religião cristã, entretanto a despeito de suas mudanças e adaptações culturais contemporâneas apresenta algumas características “inegociáveis”. A união estável de homossexuais ainda que liberada pelo judiciário e pelo legislativo, precisa ser diferenciada do conceito de matrimônio religioso. As religiões institucionais como Judaísmo e cristianismo que usam o fundamento bíblico religioso não podem ser forçadas a realizar um casamento não estabelecido nas escrituras, porque estas milenares escrituras são invioláveis e anteriores ao presente século e ,usando uma analogia com o direito, matrimônio é um “direito adquirido” há milênios pela Igreja e de forma nenhuma poderá ser confundido com “união civil estável”. Naturalmente que se este for um “direito” civil. Que seja feito dentro dos ditames da moral, caráter único do ser humano e que nos diferencia dos animais.

Agora finalmente alguns movimentos minoritários querem criminalizar no Brasil as diferenças de opiniões, criando a semente da intolerância reversa. Ou seja, em breve poderá se tornar crime quem achar que homossexualidade não é uma opção sexual correta para a sua vida. O que não pode ocorrer é a interferência externa de pessoas que desejam mudar a religião estabelecida durante milênios. Dentro de nosso convívio, ou seja dentro do meio religioso, podemos e temos o direito de afirmar o que “cremos”. Ninguém é obrigado a entrar em nossos templos para ouvir e se converter. Da mesma forma ninguém é obrigado a servir nas religiões afro-brasileiras, nos templos Budistas ou espiritismo kardecista etc. O que for ali pregado, ensinado e estudado é de fórum pessoal. Pois de acordo com a constituição “ é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;” e também é ‘VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;”

Pela atual constituição artigo 5 - XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; Por isso os movimentos GLS têm perante a lei civil o mesmo direito de fazer sua “parada Gay” como nós temos direito de fazer uma “parada cristã” pra promover nossos valores sem que haja necessidade de ataques frontais ou provocações em uma sociedade reconhecidamente “pluralista” mas ter o direito de declarar sua fé em Cristo.

Talvez precisemos redefinir liberdade de imprensa e de expressão nestas terras Tupiniquins. Talvez a nova definição de liberdade de expressão seja “livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, dependendo da licença que a inteligentsia brasileira desejar permitir”.

Os demônios contra os quais lutamos hoje são dialéticos na razão, positivistas na práxis, pós-modernos no discurso e cartesianos na retórica, mas invariavelmente evolucionistas na fé. Todos bebem da mesma fonte ilusória darwinista cientificista que influenciou tanto o positivismo da “ordem e progresso” com tendência capitalista (que tanto influenciou a inteligentsia brasileira do século XVIII) quanto a dialética materialista que prevê um inevitável futuro “progresso do mundo”. A maturação da discussão moderna ainda nem terminou e a nova perseguição aos cristãos se configura como intelectual. Ainda existiria lugar para a escatologia na agenda cristã em meio a todo este caos filosófico social? Que futuro teremos?

Será que isto não seria mais a manifestação de uma nova doença a ser descoberta pesquisada e diagnosticada? A religiosofobia?

Um Abraço em Cristo

Wilson Bonfim


“Ti 6:20 ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, evitando as conversas vãs e profanas e as oposições da falsamente chamada Ciência

Bibliografia

1-http://www.portal-rp.com.br/bibliotecavirtual/opiniaopublica/0110.htm

Publicação original: CHILDS, Harwood L. Que é opinião pública.

In: _____. Relações públicas, propaganda e opinião pública. 2. ed.

Rio de Janeiro: FGV, 1967. p. 44

American Psychiatric Association. (2000). Position statement on therapies

focused on attempts to change sexual orientation (reparative or

conversion therapies). American Journal of Psychiatry, 157, 1719–

1721.

Beckstead, A. L. (2001). Cures versus choices: Agendas in sexual reorientation

therapy. Journal of Gay and Lesbian Psychotherapy,

5(3/4), 87–115.

Hooker,E. (1957). The adjustment of the male overt homosexual. Journal

of Projective Techniques, 21, 18–31.

Jones, S. L., & Yarhouse, M. A. (2000). Homosexuality: The use of

scientific research in the church’s moral debate. Downers Grove,

IL: InterVarsity Press.

Shidlo, A.,&Schroeder,M. (2002). Changing sexual orientation:Aconsumers’

report. Professional Psychology: Research and Practice,

33, 249–259.

Archives of Sexual Behavior, Vol. 32, No. 5, October 2003, pp. 469–472 (°C 2003)

Reply: Study Results Should Not Be Dismissed and Justify Further Research on the Efficacy

of Sexual Reorientation Therapy Robert L. Spitzer, M.D.1;2;3

2- http://pt.wikipedia.org/wiki/Homofobia

3- SOAR FILHO, E. J. . Psiquiatria e pensamento complexo. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, v. 25, n. 2, p. 318-326, 2003.
Palavras-chave: epistemologia; pensamento sistêmico; pensamento complexo; interdisciplinaridade.
Grande área: Ciências da Saúde / Área: Saúde Coletiva / Subárea: Saúde Mental / Especialidade: Psiquiatria.
Grande área: Ciências Humanas / Área: Filosofia / Subárea: Epistemologia / Especialidade: Pensamento Complexo.
Referências adicionais: Brasil/Português; Meio de divulgação: Impresso; Homepage: www.revistapsiqrs.org.br; ISSN/ISBN: 0101108.

4 -Antropologia e Política
Revoluções no bosque sagrado Zahar editora

Ernest Gellner 14- 15,

5- http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988

6 (ainda não foi confirmada por nenhuma associação ou sociedade de profissionais de saúde ou descrita no CID esta doença)

* Tarnas

“Uma vez que a perspectiva arquetipica aqui esboçada proporciona um bom ponto de partida para entrarmos na visão de mundo grega, e porque Platão - cujo pensamento se tomaria a base mais importante para a evolução da cultura ocidental- foi seu mais proeminente teorico e apologista, começaremos por discutir a doutrina platônica das Formas. Nos capítulos seguintes, acompanharemos 0 desenvolvimento histórico da visão grega como um todo; depois a complexa dialética que levou ao pensamento de Platão e dai passaremos as igualmente complexas conseqüências que dele emanaram. A visão dos mundos dos gregos ( Epopéia do pensamento ocidental Tarnas )” Pág 19

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Células tronco rebeldes

As pessoas que não vêm prestando muita atenção à discussão em torno da biotecnologia humana talvez pensem que a principal questão em pauta nesse debate diga respeito ao aborto, já que os adversários mais veementes da clonagem, até agora, têm sido os chamados defensores do direito à vida (ou seja, adversários do aborto), que se opõem à destruição de embriões.Mas existem razões importantes para que a clonagem e as tecnologias genéticas que a seguirão sejam motivo de preocupação para todas as pessoas, religiosas ou não, e, sobretudo para aquelas que se preocupam em proteger o ambiente natural. Pois a tentativa de dominar a natureza humana por meio da biotecnologia será ainda mais perigosa e repleta de conseqüências do que os esforços feitos pelas sociedades industriais para controlar a natureza não-humana por meio de gerações anteriores de tecnologia.

Artigo: o fim da natureza humana e não-humana FRANCIS FUKUYAMA especial para a Folha de S.Paulo

A discussão do tema no Judiciário demonstra a boa vontade e a complexidade no preparo dos ministros na questão da pesquisa em células tronco. Infelizmente agora estão a trabalhar quase que como legisladores.O avanço da ciência não significa ser sempre desejável ou necessário. A discussão das células tronco é uma delas.

Aqui estamos vivendo no Brasil o mesmo que representou o ano de 1974 nos EUA quando foi aprovado o aborto. Isto demonstra claramente o efeito slippery slope. Pequenas concessões podem gerar conseqüências imprevisíveis.

E agora o Judiciário no Brasil vai contra a maioria de tendência da população brasileira tendência esta comprovada no congresso nacional na ocasião da reprovação do aborto que toca no mesmo ser protegido pela bioética, o embrião humano. Isto é democracia?

Porque não um plebiscito então?

Porque eu proponho isto? Deixe me argumentar sumáriamente:

1-Todos já fomos células-tronco um dia. Já fomos um aglomerado de células sem forma e sem aparência de gente.

http://jornalhoje.globo.com/JHoje/0,19125,VJS0-3076-20080228-317179,00.html

Mayana Zatz falou em entrevista que este é o tamanho de nossa discussão: "Os embriões congelados ficam armazenados em tubos que têm a espessura de um fio de cabelo."

Nós todos somos sobreviventes deste sistema. Se nossos pais quisessem teriam acabado conosco. Não teríamos nascido. No final das contas na verdade somos todos umas "células tronco" sobreviventes crentes em Deus, que discutimos com outras "células tronco " crentes na ciência , sobre a potencialidade e o futuro de outras células tronco desamparadas pela lei.

Não importa como foram formados os embriões congelados, se seguirem a implantação normal têrão a chance de se tornarem até mesmo um pesquisador de bioética quando crescerem. Da mesma forma que uma criança de um mês de idade não irá sobreviver sozinha se não for alimentada pelo peito materno ou mamadeira artificial ela jamais alcançará seu potencial destino escrito nas leis dos genes. E mais, se não estudar ou tiver acesso à educação jamais será "alguém" ainda que tenha todo o potencial genético para tal, como por exemplo, poderia ter a genética igual a de um Paganini mas se não conhecer , e não possuir um violino nem sequer aprender poderá se tornar um indigente.

Mayara Zats continua dizendo que "(...) é preciso que se entenda a diferença entre aborto e pesquisa com células-tronco embrionárias. No aborto, há uma vida dentro do útero de uma mulher. Se não houver intervenção humana, essa vida continuará. Já na reprodução assistida, é exatamente o contrário: não houve fertilização natural. Quem procura as clínicas de fertilização são os casais que não conseguem procriar pelo método convencional. Só há junção do espermatozóide com o óvulo por intervenção humana. E, novamente, não haverá vida se não houver uma intervenção humana para colocar o embrião no útero." http://veja.abril.com.br/blogs/reinaldo/2008/03/os-embries-os-cientistas-de-verdade-e.html

Em relação a clonagem reprodutiva, a dra Mayara ainda confirma que "Somos absoluta e frontalmente contra esse tipo de clonagem. Os experimentos feitos com a ovelha Dolly e outros animais mostraram que a clonagem é um desastre e as academias de ciências de 63 países, entre eles o Brasil, já se pronunciaram contra qualquer tentativa de clonagem reprodutiva humana. Não é nem por questão de ética. O risco de malformações é tão grande que seria o mesmo que liberar um remédio sabendo que ele mata ou deixa as pessoas aleijadas."

Este é o potencial da engenharia genética neste ponto de estágio de maturação das ciências de biotecnologia.

Entretanto dr Dráuzio Varella o entrevistador afirma – "Considerar que um óvulo fecundado por um espermatozóide num tubo de ensaio, depois de três ou quatro divisões, é uma vida com o mesmo direito da criança que está na cadeira de rodas, sentindo-se cada vez mais incapacitada, é revoltante. Nesse caso, não seria exagero encarar a masturbação masculina como um genocídio em potencial."

Prezado Dr Varella, com todo respeito que lhe devo como colega.Sua comparação não tem sentido. Se um espermatozóide for implantado em um útero não irá germinar por si mesmo. Ele é a metade de potencial. Ele não pode nada por si mesmo. Da mesma forma a Dra Mayara debocha do óvulo que é naturalmente descartado durante a menstruação (fenômeno da natureza) colocando na mesma categoria de aborto. A vida humana tem uma contagem. Tem um genoma. O gameta tem apenas informações genéticas, o ovo tem o roteiro completo programado de um ser. Se alimentado viverá e se tornará quem ele deveria ser. Temos o direito de impedir um bebe de mamar? Temos direito de criar um ser para retirar pedaços para consertar outros? Criar seres estepe? Valeria talvez a pena a espiada no filme holliwoodiano a ilha a despeito das hipérboles cinematográficas que lhes são caras.

2- Acessibilidade e equidade. Está mais que comprovado que a maior parte dos irmãos e irmãs que têm necessidades especiais não tem acesso ao atendimento garantido em lei de métodos diagnósticos e terapêuticos já existentes. O SUS se tornou uma farsa e a universalidade de atendimento e acesso na atenção à saúde não existe. Quantos deles terão acesso a ressonância magnética? Transplante de medula?Transplante de órgãos? Todas estas tecnologias dominadas pelos médicos no Brasil, mas sem acesso pelas camadas econômicas mais baixas da sociedade. Vamos supor em um futuro utópico que tenhamos toda esta tecnologia disponivel. Estará disponível para quem? Os pobres e desafortunados? Os mendigos e miseráveis? A quantidade de conhecimento dos quais dispomos hoje em dia poderia aliviar o sofrimento de milhões de pessoas alimentar toda a população humana da terra e ainda manter a paz. Vale a pena neste momento da sociedade humana investir todo este dinheiro nesta tecnologia que ainda nem se sabe se terá futuro? A china e Inglaterra que têm as mais livres legislações do mundo tem tido muito investimento e muito pouco progresso.

3- Proteção de patrimônio genético brasileiro

A UTILIZAÇÃO DE MATERIAL GENETICO BRASILEIRO POR ESTRANGEIROS- Sem dúvida quem irá investir nestas pesquisas serão laboratórios e lobbies prontos a utilizar os embriões brasileiros. As corporações biotêcnológicas passarão em breve a deter poder sobre vidas humanas como já detêm poder sobre partes do genoma. Quem sabe que tipos de pesquisas serão feitas com nossos embriões? As mesmas feitas fora de nosso país ou teremos mais Mengueles pós modernos? Qual será o tribunal a nos defender? A Alemanha impede a utilização de seus próprios embriões, mas aceita importação de embriões estrangeiros.

O FATO DE SER POSSÍVEL NÃO SIGNIFICA DESEJÁVEL.

O FATO DE SER FEITO FORA DO PAÍS E TER EFEITOS BONS muitos anos depois nos lembra o VOLUNTARISMO. Tudo vale se assim o desejamos se nos for conveniente. A maioria das pesquisas farmacológicas ocorrem fora do Brasil e ainda assim utilizamos medicamentos estrangeiros. Esat argumentação utilizado por um ilustre membro da nossa suprema corte é meio defasado com a realidade.

Isto me lembra Dr Menguele e suas descobertas na guerra. Se dúvida de que nos "beneficiamos" das descobertas deste monstro, mas será isto desejável? Necessário?

Uma PDF antigo afirma:

www.nucleodeaprendizagem.com.br/celulatronco.pdf

A surpresa foi a publicação de um artigo científico em julho de 2001, na revista Fertility and Sterility, apresentando os resultados de uma pesquisa com células tronco embrionários realizada com óvulos e espermatozóides obtidos para fins não reprodutivos. Os pesquisadores pagaram

US$1.000,00 para as mulheres que cederam seus óvulos e US$50,00 para os homens que cederam espermatozóides. O investigador principal Gary Hodgen já havia abandonado o Instituto Nacional de Saúde dos EUA, quando houve a proibição para pesquisa em embriões para fins reprodutivos, indo trabalhar no Jones Institute for Reproductive Medicine, vinculado a Eastern Virginia Medical School, em Norfolk, Virginia/EUA. O Prof. Hodgen, a exemplo do Prof. Thomson, já publicou 351 artigos na área de reprodução humana e de primatas desde 1967.

Esta pesquisa, que evidencia que a barreira da produção de embriões sem finalidade reprodutiva para produzir células tronco foi rompida, inclusive com a remuneração pela cessão dos gametas necessários. A possibilidade de que as células geradas possam ser produzidas por partenogênese (existem sérias dúvidas quanto a esta possibilidade) só agrega mais pontos de discussão e não atenua a situação. Isto demonstra claramente o efeito slippery slope. Pequenas concessões podem gerar consequências imprevisíveis.

Várias questões éticas permanecem na área da pesquisa em células tronco embrionárias:

• É adequado utilizar embriões produzidos para fins reprodutivos e não utilizados, cujos prazos legais de utilização foram ultrapassados, para gerar células tronco embrionárias ?

• É aceitável produzir embriões humanos sem finalidade reprodutiva apenas para produzir células tronco ?

• A justificativa da necessidade de desenvolver novas terapêuticas está acima da vida dos embriões produzidos para este fim ?

• É aceitável a utilização de óvulos não humanos para servirem substrato biológico para pesquisas em células tronco humanas, desconhecendo-se os riscos envolvidos neste tipo de procedimento ?

• É justo criar um clima de expectativa para pacientes e familiares de pacientes sobre a possibilidade de uso terapêutico de células que sequer foram testadas em experimentos básicos ?

No Brasil assim começa a descrição da famosa lei da biossegurança. Olhem o caput da lei que inclui na mesma linha de definição o material genético humano com de animais e plantas. Aqui não está sendo considerada somente a questão religiosa. Nos EUA ainda é proibido e em diversas nações européias ainda não há consenso.

“Art. 1o Este Decreto regulamenta dispositivos da Lei no 11.105, de 24 de março de 2005, que estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização sobre a construção, o cultivo, a produção, a manipulação, o transporte, a transferência, a importação, a exportação, o armazenamento, a pesquisa, a comercialização, o consumo, a liberação no meio ambiente e o descarte de organismos geneticamente modificados - OGM e seus derivados, tendo como diretrizes o estímulo ao avanço científico na área de biossegurança e biotecnologia, a proteção à vida e à saúde humana, animal e vegetal, e a observância do princípio da precaução para a proteção do meio ambiente, bem como normas para o uso mediante autorização de células-tronco embrionárias obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização in vitro e não utilizados no respectivo procedimento, para fins de pesquisa e terapia.”

Nós fomos transformados em material genético pelo STF. A sociedade civil foi enganada sem direito a participação democrática direta na discussão. Não houve debate suficiente com todas as pessoas envolvidas ( população inteira) e nem divulgação ampla do significado da amplitude destas pesquisas enquanto se debatia o “caso Isabela” as coisa aconteciam por trás dos panos. Sabemos que foi muito ruim o que ocorreu com aquela criança. Mas aquelas Isabelas congeladas com autorização da Justiça ou do STF?

Países onde é permitida a utilização de pesquisas com embriões. Inglaterra, Austrália, Canada, China, Japão ,Holanda, Africa do sul. Situação na Europa. ( pode ter algumas mudanças)

http://www.ghente.org/temas/celulas-tronco/discussao_europeus.htm#irlanda

Nos Estados Unidos ainda é proibido na sua totalidade, apesar de ser o país mais “desenvolvido do mundo”. Na China ocorre há muitos anos. Onde estão os resultados?

Porque isto não ocorre em todos os países? As pessoas têm medo das conseqüências destas pesquisas. Gostaria de lembrar que a ciência não está longe dos erros e não pode ser considerada a toda poderosa Deusa do saber. Basta lembrar de Charles Dawson e o "homem de Piltdown", Martin Fleischmann e Stanley Pons na fusão a Frio, e mais recentemente de Woo-suk Hwang, o fraudador dos clones coreanos.

Esta questão não é apenas relativa a ordem religiosa mas envolve a moral e a ética ambas derivadas do iluminismo da era Greco-romana. A moral é algo que nos caracteriza definitivamente como humanos. Animais não têm moral ou ética eles têm apenas instintos. Plantas têm impulsos e transmissão de dados. Será que realmente chegamos à era da informação binária? Seremos nós todos apenas impulsos elétricos regulamentados por genes? Somos donos dos genes ou eles nossos donos? Somos formigueiros mais organizados? O que nos separa dos outros mundos e domínios?

Em Cristo para servir

Wilson Bonfim

Médicos de Cristo

Sal 139:14 Eu te louvarei, porque de um modo tão admirável e maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.

Sal 139:15 Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado, e esmeradamente tecido nas profundezas da terra.

Sal 139:16 Os teus olhos viram a minha substância ainda informe, e no teu livro foram escritos os dias, sim, todos os dias que foram ordenados para mim, quando ainda não havia nem um deles.

Bibliografia eletrônica:

www.nucleodeaprendizagem.com.br/celulatronco.pdf http://drauziovarella.ig.com.br/entrevistas/celulastronco20062.asp http://www.portadeacesso.com/artigos_leis/ct/ct_zats_varella.htm http://jornalhoje.globo.com/JHoje/0,19125,VJS0-3076-20080228-317179,00.html http://www.ipg.org.br/noticia.php?id=72&lang=0

http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?602
http://www.drauziovarella.com.br/entrevistas/celulastronco.asp
http://www.movitae.bio.br/ct.htm
http://www.comciencia.br/reportagens/celulas/01.shtml
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/biologia/bio10f.htm
http://genoma.ib.usp.br/artigos_celulas.php
http://www.ufrgs.br/bioetica/celtron.htm
http://www.comciencia.br/reportagens/clonagem/clone04.htm
http://www.portaldafamilia.org/artigos/artigo031.shtml
http://www.educacional.com.br/noticiacomentada/050304_not01.asp
http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/ciencia/polemica-celulas-tronco.html

Socorro emergencial Asia

Amados irmãos,

Graça e paz.

Estive no sudeste da Ásia para verificar junto a dezenas irmãos de vários países como ajudar as vítimas de ciclone em Myanmar, devido à situação crítica que ficamos sabendo através das notícias. Levei 3 malas de leite em pó já adocicado, chinelos havaianas e camisetas, a seguir a Délnia e Tonica também de passagem na região levaram mais, conforme arrecadação da Rede SOS Global. Foram entregues diretamente aos irmãos de Myanmar que estão organizando ajuda às vítimas.

A realidade é bem mais grave do que se noticiava abertamente. Como sabem, há 2,5 milhões de pessoas afetadas, e que agora correm risco sério de má nutrição, exposição a doenças, e 30 mil crianças abaixo de 5 anos de idade podem morrer de desnutrição se não forem socorridas nessas semanas.

Como em todas as catástrofes de grande proporção, a primeira fase é socorro emergencial, de cuidados médicos, alimentação e abrigo. Devido à quantidade de vítimas, levará seis meses para essa primeira fase, devendo ser realizada urgentemente. Depois virão as fases de reconstrução e reabilitação.

Como a má nutrição já se deu em mais de três semanas, urge entregarmos leite reforçado como leite Nan para as crianças e Sustagen para os idosos, as duas faixas etárias em situação de maior risco.

Para alimentar emergencialmente uma família de 5 pessoas, uma saca de arroz de 50 kilos custa R$35 (considerando que o arroz é comido em todas as 5 refeições diárias). Portanto, estamos lançando a campanha Adote uma família vítima de ciclone por R$35 por mês durante 6 meses. E se a porta se abrir de fato, conforme concordou no final de semana passada o governo local, estamos nos preparando para enviar equipe médica.

Caso possam contribuir, o depósito pode ser feito na conta do Banco Bradesco Ag. 2036-2 – Conta 28.738-5 - Favorecido: AME – Associação Missão Esperança - CNPJ: 05.066.986/0001-16. Para identificação, por favor, informe o depósito através do e-mail amebrasil@terra.com.br ou redesosglobal@terra.com.br ou por telefax: 11 5643-9685 ou 5642-1308.


Continuem a orar para que possamos levar amor e esperança aos que sofrem!


Juntos pelo Reino,


AME - ASSOCIAÇÃO MISSÃO ESPERANÇA