terça-feira, 17 de junho de 2008
Carta aberta do movimento contra o infanticídio indígena
Nós, indígenas do Mato Grosso e do Brasil, pedimos a sua atenção para os casos de infanticídio, que ocorrem impunemente nas aldeias indígenas do Brasil.
O infanticídio, não é um fato novo, infelizmente sempre esteve presente na história das culturas indígenas. Entretanto, tem ganhado a visibilidade na mídia com a divulgação da história da menina Hakani, da etnia Suruwahá, a qual sobreviveu ao infanticídio após o suicídio de seus pais e irmãos. Estamos vivendo um momento de profunda mudança em nossa cultura e estilo de viver, por que vivemos hoje um novo tempo. A realidade dentro das comunidades indígenas é outra. Já não vivemos confinados em nossas aldeias, condenados ao esquecimento e à ignorância. O mundo está dentro das aldeias, através dos meios de comunicação, internet e da escola, o acesso à informação têm colocado o indígena em sintonia com os acontecimentos globais.
Tudo isso tem alterado nossa visão de mundo. Hoje já não somos meros objetos de estudos, mas sujeitos, protagonistas de nossa própria história, adquirindo novos saberes e conhecimentos que valorizam a vida e a nossa cultura.
Somos índios, somos cidadãos brasileiros! Vivendo na cidade ou na aldeia, não abandonamos as riquezas de nossas culturas, mas julgamos que somos plenamente capazes de distinguir entre o que é bom e o que é danoso à vida e a cultura indígena. Desde já, assumimos as responsabilidades de nosso destino e de fazer escolhas que contribuam para o nosso crescimento. Nos recusamos ativamente a ser meros fantoches nas mãos de organizações científicas e de estudos. Chega de sermos manipulados pelas Organizações Governamentais e não-Governamentais!
Portanto manifestamos nosso repúdio à prática do infanticídio e a maneira irresponsável e desumana com que essa questão vem sendo tratada pelos Órgãos Governamentais. Não aceitamos os argumentos antropológicos baseados no relativismo cultural. De acordo com a nossa própria Constituição Brasileira de 1988, que em seu artigo 227, determina:
"É dever da família, da sociedade e do Estado, assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão."
É em nome deste preceito constitucional que nos dirigimos suplicando à nação brasileira, em especial ao Excelentíssimo Senhor Presidente da República Luis Inácio Lula da Silva e à Primeira Dama D. Marisa assim como aos Congressistas e Governantes Estaduais e Municipais manifestando a nossa indignação com a falta de respeito à vida, em especial as vidas das crianças vítimas do infanticídio.
O recente caso da menina Isabela alcançou tal repercussão na mídia, que de imediato nós vivenciamos a dor e a angústia de sua família: parecia que Isabela era alguém da nossa própria família. Toda a nação brasileira se comoveu e se encheu de indignação com tamanha violência, acompanhando e exigindo justiça a partir de então. Quanto à punição dos suspeitos, a Justiça tem feito seu papel, e a sociedade está em alerta contra a violência infantil.
Mas nós perguntamos será que a vida da Isabela tem mais valor do que aquelas crianças indígenas que são cruelmente enterradas vivas, abandonadas na mata, enforcadas por causa de falsos temores e falta de informações dos pais e da comunidade? NÃO!
Não aceitamos o infanticídio como prática cultural justificável, não concordamos com a opinião equivocada de antropólogos que têm a pretensão de justificar estes atos e assim decidir pelos povos indígenas colocando em risco o futuro de etnias inteiras.
O direito a vida é um direito fundamental de qualquer ser humano na face da terra, independentemente de sua etnia ou cultura.
Ao Excelentíssimo Senhor Presidente, a Primeira Dama D. Marisa, Senhores Congressistas, Governantes Estaduais e Municipais e a cada cidadão brasileiro: os direitos humanos estão sendo violados no Brasil!! Milhares de crianças já foram enterradas, enforcadas ou afogadas e quantas mais deixaremos passar por tal crueldade?
Nosso movimento espera que a Lei Maior de nosso país seja respeitada, isto é, independentemente de etnia, cor, cultura e raça, todas as crianças gozem do direito à vida.
Nesse sentido:
- Pedimos que a Lei Muwaji seja aprovada e regulamentada;
- Pedimos ao Excelentíssimo Senhor Presidente Luís Inácio Lula da Silva e a sua esposa que pessoalmente interfiram nesse processo;
- Pedimos que os Órgãos competentes não mais se omitam em prestar socorro às mães e as crianças em risco de sofrer infanticídio.
Nós, abaixo assinados, concordamos com os termos da carta aberta e juntos com os seus autores, pedimos aos governantes do País em todas as instâncias, providências ao combate e a erradicação do infanticídio, para que assim o sangue inocente não seja mais derramado em solo indígena, em solo brasileiro.
Mato Grosso, Junho de 2008
Movimento contra o infanticídio indígena.
Contato: edsonbakairi@hotmail.com.
Edson Bakairi é líder indígena em Mato grosso, professor licenciado em História com especialização em Antropologia pela UNEMAT, presidente da OPRIMT (Organização dos professores Indígenas de MT) por 3 anos e é sobrevivente de tentativa de infanticídio - abandonado para morrer na mata, foi resgatado e preservado com vida por suas irmãs.
segunda-feira, 16 de junho de 2008
Atendimento médico a vítimas do ciclone
Faz cinco dias que a equipe médica enviada da Brasil está dando atendimento às vítimas de ciclone.
Por dia atendem cerca de 150 pacientes, dos mais pobres e dos mais doentes.
Eles tem conseguido colocar no hospital alguns dos pacientes que mais necessitam, o que é difícil pois só alguém local pode encaminhar.
Hoje parte da equipe foi atender na região de LaButta, que é uma das regiões mais devastadas.
Estão trabalhando bem dentro da equipe internacional. O nosso médico é o único médico da equipe, trabalhando com 4 enfermeiras e um especialista em socorro emergencial.
Ao todo a equipe trouxe 800 kilos de ajuda. A equipe internacional trouxe medicamentos suficientes para atendimento de 6 dias, alimentos reforçados, roupa infantil, filtros de água de cerâmica para distribuir nas comunidades onde dão atendimento, e sementes para reiniciar a plantação. A terra foi coberta por água salina que estraga a qualidade para poder replantar. Ajudaram a adquirir quase 2 hectares de terra para replantar e criação de cabra.
O calor está intenso.
Não se consegue ligação por telefone e o acesso a email é muito limitado.
A equipe está realizando um grande trabalho.
Agradecemos as suas orações contínuas por eles e o apoio que possibilita o envio.
REDE SOS GLOBAL
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Autoridade da OMS confessa: Não há nenhuma epidemia generalizada de AIDS entre os heterossexuais
"Transmissão do HIV entre homens que têm sexo com homens não está diminuindo e em alguns lugares está aumentando"
Peter J. Smith
LONDRES, Inglaterra, 10 de junho de 2008 (LifeSiteNews.com) — Uma autoridade da Organização Mundial da Saúde (OMS) está finalmente confessando o que muitos especialistas da AIDS vêm dizendo há anos: não existe nenhuma ameaça de uma epidemia generalizada de AIDS entre heterossexuais no mundo inteiro.
De acordo com um relatório do jornal britânico The Independent, o epidemiologista Kevin de Cock, diretor do departamento de HIV/AIDS da OMS, confessou ao The Independent que a AIDS não mais é vista como risco à população heterossexual fora da África subsaariana, mas em vez disso está restrita aos grupos de elevado risco, tais como homens homossexuais, usuários de drogas injetáveis, prostitutas e seus clientes.
"É muito improvável que haverá uma epidemia heterossexual em outros países", disse Cock. "Dez anos atrás muitas pessoas diziam que haveria uma epidemia generalizada na Ásia, e a China era a grande preocupação com sua população imensa. Isso não parece provável. Mas precisamos ser cuidadosos. Como epidemiologista, é melhor descrever o que podemos medir. Poderia haver pequenas erupções em algumas regiões".
O diretor do departamento de HIV/AIDS confirmou que homens homossexuais estão em risco máximo de pegar AIDS, e que em muitos lugares os índices de infecção entre homens homossexuais estão aumentando, não diminuindo.
"Enfrentamos um pouco de crise [nessa área]. No mundo industrializado a transmissão de HIV entre homens que têm sexo com homens não está diminuindo e em alguns lugares está aumentando", declarou Cock.
"No mundo em desenvolvimento, esse fato tem sido negligenciado. Só recentemente começamos a examinar essa questão e fizemos descobertas. Quando examinamos os índices de HIV, vemos que são elevados.
"É chocante o estado deplorável em que estão os homens que têm sexo com homens. É algo que vai precisar ser debatido com muito mais rigor".
The Independent descreveu as declarações de Cock como "a primeira confissão oficial de que a estratégia de que todas as pessoas devem se prevenir, promovida pelas grandes organizações de AIDS, pode estar sendo mal dirigida".
Contudo, a promoção da estratégia de que todos devem se prevenir é também reconhecida como tendo sido uma das vias mais bem-sucedidas que os ativistas homossexuais usaram para tirar proveito com a iminente epidemia generalizada de AIDS. O que eles queriam era levar o público geral a simpatizar com a causa gay e lançá-los do anonimato político para sua atual condição elevada. Embora a "epidemia generalizada" de AIDS entre os heterossexuais tenha agora desaparecido, sua utilidade política também desapareceu, pois hoje os ativistas homossexuais estão agressivamente mudando as leis de casamento no mundo inteiro.
A confissão da OMS ocorreu depois que a própria ONU confessou em novembro de 2007 que suas estatísticas para calcular a extensão mundial da "epidemia generalizada" de AIDS foram também exageradas. A mudança foi motivada em grande parte devido à evidência levada a público pelo Dr. James Chin, ex-diretor de uma unidade do Programa Global de AIDS da OMS de 1987-1992. Essa evidência indicou que estrategistas políticos estavam inflando os números da AIDS para perpetuar o mito de uma iminente epidemia generalizada na população geral.
Traduzido e adaptado por Julio Severo: www.juliosevero.com
Fonte:
http://video.google.com/videoplay?docid=6078643566340680230
http://www.who.int/hiv/mediacentre/news59/en/
segunda-feira, 9 de junho de 2008
Miamar
Louvado seja Deus, que abriu as portas para o envio da equipe médica ontem para Myanmar.
A todos que enviaram doações de medicamentos, o nosso Muito obrigado, que Deus retribua multiplicadamente. Dr. AA e a enfermeira LA levaram 200 kilos de medicamentos e kits infantis contendo roupa de baixo, leite em pó e biscoitos reforçados. OREM por eles, por proteção, saúde, direção, portas especiais para servir, e que sejam instrumentos de bênção grandemente a quem mais necessita.
A coalizão de socorro às vítimas do ciclone traçou um plano de socorro imediato de saúde e alimentar seguido por ajuda para reconstrução e reabilitação para sustento próprio por dois anos, capacitando a igreja local para isso.
Notícias atuais da Coordenadoria da Coalizão: O Programa de Alimentação Mundial da ONU há 72 horas atrás foi finalmente autorizado para voar com os seus helicópteros para as regiões da Delta Irawaddy com alimentos e outros suprimentos de ajuda. Seis helicópteros estão agora trabalhando o dia inteiro, e amanhã mais 4 helicópteros de Bangkok vão se juntar ao esforço. É notícia muito boa, porém ainda longe de preencher todas as operacões necessárias para alcançar os centenas de milhares de vítimas. Além disso, os helicópteros basicamente somente podem voar a 3 cidades principais, e de lá terá que ser por estrada e pequenos barcos. Centenas de vilarejos não poderão ter acesso à ajuda. Então, por favor continuem a orar.
OREM pela Coalizão MCCCR. A rede de igrejas locais de fato possui meios eficazes e naturais para fazer chegar a ajuda, porém necessita de recurso financeiro. Temos acesso a alimentos dos doadores internacionais e o Programa de Alimentação Mundial concordaria em transportar de Tailândia para Myanmar... somente se o governo de Myanmar nos autorizasse a receber a ajuda através da alfândega em Yangon. Temos permissão para distribuir alimentos, porém até o momento não se permite trazer do exterior. OREM por isso.
Nota da Rede SOS Global e da AME:
A parte mais difícil que é visto para entrar e ajudar, que só Deus pode conseguir, já conseguimos. Parceiras de vários países e locais excepcionalmente dão a confiança total ao nosso pessoal brasileiro.
Porém agora depende da nossa parte: é ruim ficar pedindo $ o tempo inteiro, mas milhões de pessoas em vários países estão sofrendo grandemente e sob risco de vida, enquanto o Brasil está na contramão da tendência mundial - economia estável, moeda forte internacionalmente, jazidas de petróleo recém-descobertas no meio de crise aguda mundial de combustível, biocombustível quase total e o plantio ocupando somente 1% da terra brasileira, agricultura para exportação ocupando somente 35% da terra produtiva total quando os países do 1o. Mundo carecem de terra para agricultura e biocombustível, e não por último, igrejas que continuam a crescer há décadas. Deus nos deu essa oportunidade para sermos usados para abençoar os povos que sofrem, assim muitos serão salvos e o Nome dEle glorificado em todas as nações.
Que não cansemos de fazer o bem, o que Deus requer de nós é a oferta sacrificial como a oferta da viúva, pois representa o nosso amor a Ele.
"A religião verdadeira e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo."
terça-feira, 3 de junho de 2008
Supremo Tribunal Federal irá considerar a constitucionalidade do aborto
Ministro pró-aborto diz que com decisão acerca das células-tronco embrionárias o tempo está maduro para o aborto
Matthew Cullinan Hoffman
BRASÍLIA, 3 de junho de 2008 (LifeSiteNews.com) — Com a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovando uma lei que autoriza pesquisas com células-tronco que matam embriões, o Ministro pró-aborto Marco Aurélio diz que o STF em seguida procederá para decidir acerca do aborto para bebês anencefálicos.
De acordo com o colunista Josias de Souza do jornal Folha de S. Paulo, Aurélio diz que agora é a "hora de julgar" o caso, que foi originalmente submetido ao STF quatro anos atrás pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS).
Pelo que foi noticiado, Aurélio disse para Souza: "Agora, creio que o tribunal está maduro para julgar a causa. O julgamento do processo das células-tronco embrionárias aplainou o terreno".
"Já temos clima para julgar e, creio, autorizar a interrupção da gravidez de [bebês] anencefálicos", acrescentou ele.
Os comentários de Aurélio se referem à recente decisão do STF de aprovar as pesquisas com células-tronco embrionárias, as quais destroem a vida em sua fase bem inicial. Ele foi um dos ministros que votou a favor das pesquisas que matam, numa decisão apertada de 6 a 5, e ele já declarou seu apoio ao aborto também. Aurélio é o relator do caso, isto é, o ministro encarregado de dar supervisão ao caso no STF.
Os ativistas pró-vida do Brasil há muito prediziam que uma decisão em favor das pesquisas com células-tronco criaria um precedente para declarar o aborto "constitucional", apesar de que a Constituição brasileira reconhece explicitamente a "inviolabilidade do direito à vida".
Veja a cobertura anterior de LifeSiteNews.com:
Traduzido e adaptado por Julio Severo: www.juliosevero.com
Fonte: LifeSiteNews